terça-feira, 23 de agosto de 2011

Curso para PREGADORES

por Isabelle de Maria

A Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus unida a renomada Escola de Evangelização Santo André vem trazer o Curso para Evangelizadores NOVA VIDA, segundo o método do prof. Prado Flores. Esse curso é destinado não somente àqueles que são pregadores, mas a todas as lideranças e àqueles que desejam evangelizar com mais eficácia: catequistas, coordenadores, agentes de pastoral, comunicadores... Todo o povo de Deus.

O curso será promovido pela nossa Comunidade e acontecerá nos dias 17 e 18/setembro na nossa Casa de Retiro Discípulos da Mãe de Deus. O custo do evento será de R$ 70,00. Neste valor está incluso as refeições durante os dois dias e a hospedagem na Casa.

É uma oportunidade imperdível, na qual você poderá aprender a EVANGELIZAR com mais eficácia e para uma nova evangelização. A escola de Evangelização Santo André existe em mais de 2.000 lugares por todo o mundo.

Mais informações e inscrições contate-nos:
maramarianatal@hotmail.com
(84) 3201-3499 (Terças e Quintas - a partir das 15h)
8733.7161(Oi) - 9402.1892 (Oi)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entrevista: O chamado ao Sacerdócio em Maria

1 – Quando você (s) sentiu o desejo de viver uma vocação na Igreja?
Ao me lembrar da infância e de como tudo se deu no meu chamado a vocação, penso logo nas palavras do profeta Jeremias (1, 4ss). Acredito piamente que Deus nos chama a uma vocação, seja ela qual for, desde o ventre materno, até porque já o momento de nossa fecundação é uma grande eleição divina para cada um de nós. Contudo, este chamado muitas vezes só é descoberto ao longo de um determinado tempo, após muita reflexão. Comigo foi diferente, não que seja melhor ou privilegiado, mas entendi desde muito cedo que Deus me queria para o seu serviço; nunca me recordo de em algum momento, ao ser indagado sobre o que eu queria ser quando crescer, de não ter respondido com grande entusiasmo e alegria: “Quero ser Padre!”. Fui crescendo e o desejo só aumentava, após o discernimento vocacional, conclusão dos ensinos fundamental e médio e chegar a idade de 18 anos, com grande alegria ingressei no Seminário Arquidiocesano de São Pedro, onde atualmente estou cursando o primeiro ano de Teologia e junto aos formadores e demais irmãos seminaristas me preparo à vida consagrada a Deus no ministério sacerdotal.  

2 – Como você faz para se tornar modelo para os outros na busca por sua vocação?
Penso que o maior modelo de amor a Deus e aos irmãos nos foi dado por Nosso Senhor Jesus Cristo, pois sendo Filho Unigênito de Deus, puro e imaculado, fez-se pecado para nos salvar, concedendo-nos através de sua morte e ressurreição tornarmo-nos também filhos e filhas de Deus (Jo 15,13). Daí temos que, cabe-nos, unicamente, imitar os exemplos de amor e misericórdia, alegria no servir e humildade, oração e mansidão de Nosso Senhor. Todavia, poderíamos ainda entrar no mérito de que sendo Deus, mas, vindo habitar em nosso meio, quis ter uma família, e, foi nesta família que aprendeu o que significa a prática das virtudes que seguramente foram ensinadas por Maria Santíssima e São José. Assim sendo, procuro de forma sempre mais crescente morar em meio a esta Família Sagrada para ser no mundo verdadeiro modelo de filho obediente e sempre disposto ao serviço de Deus e do próximo.

3 – Como a vivência da Escravidão de Amor atua no seu chamado a abraçar o Sacerdócio?
Entra justamente no que estava dizendo na questão anterior, Nosso Senhor enquanto ser humano foi inteiramente educado por seus pais e muito mais especialmente teve a presença materna até a sua Ascensão aos céus e ainda mais a tem hoje, pois que, viva e gloriosa reina a sua destra no céu a interceder por todos nós ainda no exílio terrestre. Pois bem, a Escravidão de Amor consiste em dar-me todo inteiro a Maria Santíssima para ser mais perfeitamente de Jesus, o Senhor. O que fazemos de extraordinário nisso? Nada. Pois apenas imitamos aquilo que o próprio Filho de Deus fez com grande benevolência: deixar-se educar e estar inteiramente e confiantemente nos braços de sua Mãe para dela aprender a total disposição ao serviço de Deus sem nenhuma reserva de si. Agradeço a Deus de ter-me concedido a graça de conhecer este método tão simples, mas, ao mesmo tempo tão seguro de crescimento espiritual. Tenho, portanto a firme certeza de que no futuro exercimento do ministério presbiteral, a Santa Escravidão de Amor será de grande valia para mim, como fiel dispensador dos bens divinos através dos sacramentos, e, de uma vida totalmente doada a Igreja e seus inúmeros filhos e filhas.

4 – Como as virtudes de Nossa Senhora são alicerces para a sua vocação?
Mais uma vez retomo as questões anteriores: a Escola de Maria Santíssima. Nela não aprendemos outra coisa senão aquilo que agrada inteiramente o coração de Deus. Já dizia São Luis Maria no Tratado da Verdadeira Devoção, que quando Deus ( A Trindade Santíssima) encontra Maria Santíssima numa alma voa para ela e lá faz morada. Assim sendo, a prática das virtudes da Santa Mãe de Deus na vida do vocacionado torna-o inteiramente apto para ser no mundo aquilo que Nosso Senhor pediu no Evangelho: Sal da terra e Luz do mundo ( Mt 5, 13-16). Sendo de Maria, sou todo de Deus, sendo todo de Deus por mais que as trevas do pecado e da morte queiram me destruir a luz do amor de Deus jamais se extinguirá, pois como dizia São Bernardo: “Nunca se ouviu dizer que um fiel servo de Maria Santíssima fosse por ela deixado de lado”...

5 - Que conselhos você daria para as pessoas que tem dificuldade para viver sua vocação ou ainda não definiram seu estado de vida?
Não tenham medo em nenhuma circunstância, de dizer sim ao projeto de Deus em suas vidas. Pois, foi ele que por amor criou a cada um de nós e nos deu todas as capacidades que temos para que também possamos deixar no mundo a nossa contribuição generosa, para que já aqui, o Reino comece a acontecer. Que sigamos sempre o exemplo de Maria Santíssima, deixando as nossas vidas ao leve sabor da benevolência divina. Que a Palavra de Deus e a oração sejam nosso encontro sempre assíduo com Deus, e que na Santíssima Eucaristia adorada e feita alimento para nós encontremos sempre a Jesus que nos fala intimamente ao coração e que nos convida a servi-lo, como outrora aos Apóstolos.




Robson Paulo

Seminarista do Seminário Arquidiocesano de São Pedro (Natal/RN), Aluno do 1° ano do Curso de Teologia (FAHS) e Escravo de amor da Ss. Virgem Maria.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Turmas de Consagração: II Semestre

por Mônica Mariana

A Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus retoma as suas atividades do segundo semestre, com a abertura de novas turmas de Consagração.

Confira os locais e as datas, programe-se:
Às sextas-feiras: 
Iniciando dia 12/agosto:
Canção Nova na Rádio Rural às 19h.

Iniciando dia 26/agosto:
Capela N. Senhora da Conceição (no bairro de Mãe Luíza) às 19:30h.
Beato Ambrósio Francisco Ferro (Planalto) às 19:30h.
Paróquia Santa Maria Mãe

Iniciando dia 02/setembro:
Capela de São Francisco (Monte Alegre/RN)
Capela de Santa Teresinha (Monte Alegre/RN)

Iniciando dia 09/setembro:
Paróquia de Nossa Senhora da Penha (Matriz de Monte Alegre/RN)

Iniciando dia 04/novembro:
Capela de Nossa Senhora da Conceição (Lagoa Salgada/RN)
Capela de Santa Luzia (Lagoa Salgada/RN)


Aos Domingos:
Iniciou-se em Currais Novos esse domingo,7, o próximo encontro será dia 28/agosto.
Dia 21/agosto iniciaremos no munincípio de S. Miguel do Gostoso a partir das 9h até 12h.

Ainda estamos fechando os detalhes para turma na Paróquia Santa Maria Mãe às sextas.

Se você deseja levar um Grupo de Consagração para a sua paróquia, fale conosco! Deixe seu comentário!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

1º Aniversário de Nossa Senhora em Santa Cruz!

Chegou a hora de louvar com alegria...
Vamos cantar para a Virgem Maria, 
Parabéns Mãe de Deus!
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus promove:
1º Aniversário de Nossa Senhora em Santa Cruz! 
Um dia inteiro de louvor e formação em honra a Natividade de Nossa Senhora! Venha participar!

Presenças: Pe. José Lenilson (Paróquia de Nísia Floresta);
César Mariano e Mara Maria (Fundadores da Fraternidade); e Ministério de Música Discípulos da Mãe de Deus;

Mais informações:http://www.discipulosdamaededeus.com.br/

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Entrevista: O Celibato na vocação Discípulos da Mãe de Deus

Isabelle de Maria, é membro da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus desde 2008, em 2010 entrou oficialmente para a comunidade de vida, renunciando aos projetos pessoais para ofertar sua vida inteiramente na vocação. Abraçando o celibato na mesma época hoje busca viver como Discípula da Mãe de Deus o amor indiviso a Deus pelo Reino dos Céus.
 
 
1 – Quando você sentiu o desejo de viver a sua vocação na Igreja?
Isabelle: Com a graça de Deus eu fui educada com bases profundas de doação e serviço a Deus na Igreja, principalmente incentivada por minha mãe. Desde criança servir a Deus era essencial e nunca foi uma obrigação, sim uma alegria. No início de minha adolescência senti um forte chamado a uma vida de maior intimidade com Deus, porém não tinha maturidade para entender o chamado.
Aos 18 anos, por ocasião de uma romaria, senti-me amada por Deus de uma forma que nunca havia experimentado. Após voltar dessa viagem busquei viver esse amor, conheci a Consagração a Jesus por Maria Santíssima e consagrei-me. Porém, por um tempo desviei meu coração da vontade de Deus e me afastei do Senhor, mas a vocação que Jesus tinha infundido desde toda a eternidade em minha alma e a Consagração a Virgem Maria foram fundamentais para que se manifestasse o senhorio de Jesus e Sua Mãe Santíssima em minha vida.
Após conhecer a Fraternidade e começar a servir ao Senhor nela, meus olhos passaram a enxergar mais claramente, meus ouvidos começaram a escutar com nitidez e meu coração abriu-se ao meu chamado, e então eu não podia conter-me em dar apenas parte do meu tempo e de minhas forças, eu queria dar tudo. Então entrei para a comunidade de vida e comecei logo após, com as bênçãos do Carisma, a caminhar para a Consagração Celibatária por amor a Deus e em vista do reino dos Céus. 

2 – Como você faz para se tornar modelo para os outros na sua vocação?
A nossa palavra de fundação nos pede que tornemo-nos modelo para os fiéis, então testemunhar com a vida é chamado de todos que caminham na Fraternidade. A doação plena na Missão e a vivência radical dos votos e compromissos assumidos é essencial para edificação do próximo, pois pede Jesus: “brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus". (cf. Mt 5,16) , portanto ser modelo para os fiéis não é uma auto-promoção egoísta mas uma forma de incentivo aos irmãos. Como alguém que caminha com o coração indiviso e é chamado a amar a Deus com todas as forças e entendimento, busco empreender todo o meu tempo na evangelização e viver radicalmente as dimensões da minha regra de vida.    

3 – Como você concilia a sua vocação nas suas atividades do dia-a-dia?
Um celibatário que opta em abraçar a vocação é convidado a amar a Deus sobre todas as coisas e ser extensão concreta do amor de Deus a todos, mas principalmente àqueles que mais precisam desse humano amor de Deus. Enquanto vocacionada a viver esse estado de vida e para sentir-me capacitada para amar a humanidade com o coração e a liberdade de Deus se faz necessário a união ao Coração de Jesus, de onde brota esse amor divino à humanidade. Essa união só é estreitada na intimidade da oração.
A vida de oração contínua se dá não apenas na minha oração pessoal, mas em um constante comunicar-se com Deus. Igual a alguém que ama deseja estar sempre em contato com o ser amado, em todas as tarefas e compromissos de evangelização busco estar ligando-me a Ele. Creio também que estar vivendo meu chamado ao Celibato na Comunidade de Vida facilita a união íntima com Deus na oração pessoal, graças ao encontro diário na Adoração.
Na missão, a doação plena é unir-se a Jesus na sua vida pública na Evangelização, unir-se em Seu zelo com as almas e com a qualidade do que é anunciado e de como será anunciado. 

4 – A vivência fraterna na comunidade ajuda no discernimento e modelo de atitudes para a sua vocação?
Sim, pois a vivência com os irmãos desperta o desejo da unidade. Desejosa dessa unidade, busco captar as dificuldades de cada irmão e a carência geral, que é reflexo minimizado de toda a humanidade. Com a mediação e intercessão da Virgem Maria que vem em socorro dizer que não se tem mais vinho e unida ao Cristo buscar apresentar a possibilidade de um vinho novo e tornar-me instrumento de Salvação. Essa missão de ser uma extensão do amor de Deus aos homens que cresce no meu coração indiviso como zelo pela missão Salvífica de Cristo que atualiza todos os dias o desejo cada vez maior de ser conformada a Jesus na fôrma da Virgem Maria.
Experimentar conviver em Fraternidade com casais que santamente se dão em Matrimônio ou que caminham para tal é uma experiência bastante rica para um coração chamado ao indiviso amor a Deus, pois percebo concretamente que meu coração deseja amar ao semelhante com um amor que ultrapassa o desejo de tê-lo para mim.  

5 – Como as virtudes de Nossa Senhora são alicerces para a sua vocação?
Cada um de nós tem sua personalidade, porém todos nós devemos configurar-nos a Jesus. Viver as virtudes da Virgem Maria é essencial para esse processo, pois o mais profundo desejo do celibatário é unir-se ao Amado em tudo, e praticar as virtudes da Mãe de Deus é buscar parecer-se com a criatura que nesta terra teve a graça de mais parecer-se com o Deus Humanado. Como a minha vocação é pelo Reino dos Céus, a Virgem Maria como diz a nossa Santa Igreja, é o nosso ícone escatológico, ou seja, Ela já atingiu a perfeição humana na terra e já no Céu desfruta da glória eterna.  

6 - Que conselhos você daria para as pessoas que tem dificuldade para viver sua vocação ou ainda não definiram seu estado de vida?
Sei que a maioria das pessoas que já caminham pelas veredas do Bom Deus já sentiram o impulso em seu íntimo do que é vontade de Deus para a sua vida.  Porém o medo de abraçar a vocação e/ou de não vivê-la com fidelidade causa repulsa e negação. Deixo como testemunho que: por mais que seja difícil viver a vocação que o Senhor nos chama, a plenitude da felicidade nessa terra só é alcançada se vivermos a nossa vocação. A realização de nossa vocação é experimentar partículas ainda nesta terra da alegria que viveremos eternamente no Céu.


Isabelle de Maria

Membro nível II de vida, vocacionada ao Celibato.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Entrevista: O Namoro na Vocação Discípulos da Mãe de Deus

 1 – Quando vocês descobriram que os planos de Deus nas suas vidas passavam pelo namoro?

AMANDA:
            Sempre senti o desejo de constituir uma família. Sempre me vi tendo filhos, esposo, e me sentindo realizada por isso. Apesar de ter existido uma época em que meu estado de vida foi posto a prova por acreditarem que eu deveria seguir outra vocação (a de celibatária), e apesar do abalo emocional e incertezas que esse fato ocasionou, no fundo sempre acreditei que minha vocação fosse o matrimônio.
            Pra mim, tudo foi confirmado quando nossa fundadora Mara disse em uma pregação, sobre namoro inclusive, a seguinte afirmação: “Deus não demora, capricha!”, e que se a gente ainda não namorava, era porque Deus não estava preparando qualquer coisa pra gente, mas sim estava caprichando. Senti ainda mais uma confirmação, quando ouvi na Canção Nova, durante o terço, uma frase de Santa Terezinha: “Deus não nos dá desejos que ele não possa realizar”. Tomei essas frases como verdade para o meu estado de vida e acreditei que Deus não seria incoerente em me dar um desejo tão grande de constituir uma família e quisesse que eu seguisse a vida celibatária. Então, comecei a esperar em Deus. No tempo certo o meu José apareceria. Foi aí que Eugênio foi se aproximando, fomos nos conhecendo melhor, esperando o tempo de Deus na caminhada e hoje namoramos há um ano e três meses.

2 – Como vocês fazem para se tornar modelo para os outros no seu namoro?
EUGÊNIO

            Procuramos sempre rezar juntos na intenção do nosso relacionamento. A oração é a melhor arma para vencermos as tentações. É também o sustento que temos para melhor compreendermos os valores cristãos e discernir o que convém ou não, nos respeitando mutuamente.  Afinal, precisamos lembrar que o corpo do outro é o templo do Espírito Santo e não podemos brincar com ele como nosso objeto. Por estarmos trabalhando com jovens nas missões da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus, é natural a vivência desses valores, na medida em que buscamos nos tornar modelos “no modo de falar, de viver, na caridade, na fé e na castidade” – como diz nossa palavra fundante.
3 – Como vocês fazem para conciliar o namoro com as suas atividades do dia-a-dia?
AMANDA:
            Uma vez me falaram que quem tem vocação matrimônio é porque precisa do outro para a sua santificação. Dessa forma, é necessário existir uma convivência para se conhecer melhor e nessa caminhada ajudar o outro a crescer e se fortificar na fé, mesmo diante da correria do dia-a-dia.
            Temos várias atividades durante a semana, tanto pessoais quanto conjuntas. Como já foi dito, contudo, é necessário existir esse tempo a sós para o casal se conhecer e crescerem juntos, o que só é alcançado com a convivência. Para nós, chamamos de “dia do namoro”, quando procuramos respeitar sem marcarmos nenhum compromisso extra para termos o nosso tempo.

EUGÊNIO:

É verdade. E do mesmo modo, quando não estamos juntos, procuramos nos respeitar. Há pessoas que agem como se não tivessem namorado quando não estão com eles. Não é assim que deve funcionar. Em todos os ambientes que freqüentamos todos devem saber que temos um compromisso sério de namoro, independente do lugar que estejamos. Afinal, o namoro é uma preparação para o casamento.

 4 – A vivência fraterna na comunidade ajuda no discernimento e modelo de atitudes para a sua vocação?
AMANDA:

            Com certeza. Uma das coisas que Professor Felipe Aquino fala em seu livro “Namoro” é da importância do namoro ser acompanhado, por um padre, pelos pais, ou um formador, para ajudar exatamente no discernimento de atitudes no relacionamento. E a vida fraterna tem nos proporcionado isso. A convivência com outros mais experientes nos ajuda a enxergar o relacionamento de uma maneira mais clara e nos dá maturidade.

EUGÊNIO:

            Além disso, é muito bom saber que existem casais que entenderam o desejo de Deus para eles. Jovens que ignoram as máximas do mundo, as quais imprimem o pecado como se fosse virtude, como se o pecado trouxesse a felicidade tão almejada pela humanidade. Assim, antes de tudo, nós “namoramos” com a comunidade e juntos nos fortalecemos nesse modo de vida, buscando ser modelos na vocação a que formos chamados.

5 - Que conselhos vocês dariam para as pessoas que tem dificuldade para viver o seu namoro ou ainda não definiram seu estado de vida e vocação?
EUGÊNIO:

            Uma vez que Nossa Senhora é o nosso modelo, suas virtudes nos ajudam a termos um namoro mais equilibrado e a aprendermos a mortificar pelo outro, porque um relacionamento é feito de renuncias e só a Mãe para ensinarmos como vivermos a vontade do seu Filho. Nessa media, quando não estamos conseguindo a concordância em algo, temos que pedir a graça de vivermos as virtudes de Maria Santíssima. O melhor conselho que podemos dar é esse: na hora da dificuldade pare e pense: “Como Ela agiria se estivesse no meu lugar?”. Assim, a impaciência dará lugar à paciência; o orgulho dará lugar à humildade; a pureza substituirá a impureza e assim seremos o reflexo de Maria Santíssima para o outro.

AMANDA:

            Como nossa fundadora disse, “Deus não demora, capricha!”. Então, se sua vocação ainda não foi discernida, espere em Deus, pois ele está preparando o melhor pra você e vai infundir no seu coração o desejo de viver profundamente o que Ele te prepara.





Eugênio Maria e Amanda de Maria

Membros nível II e I de Aliança da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus, namoram há um ano e meio sob as bençãos da Comunidade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Entrevista: O Matrimônio na Vocação Discípulos da Mãe de Deus

Como é vivido o Matrimônio na Vocação Discípulos da Mãe de Deus?
1 – Quando você sentiu o desejo de viver a vocação Discípulo da Mãe de Deus na Igreja?
Toda e qualquer vocação, só tem razão de existir se for na Igreja e para a Igreja. É preciso primeiro entender o sentido da palavra VOCAÇÂO. Todas as pessoas tem suas aptidões, suas disposições e talentos, que sendo naturais ou apropriadas só existem por permissão e capacitação Divina. Deus dá a cada um de seus filhos uma habilidade especifica de responder ao seu “chamado” em um determinado “CHÃO” (forma de vida, como um lugar a ser vivida uma experiência, um carisma).

É justamente aí que começa a história de nossa Fraternidade. Tanto eu como César fomos percebendo algo crescendo em nosso coração... Um desejo irreprimível de anunciar as grandezas da Santíssima Virgem e fazer com que outras pessoas se entregassem a Ela pela escravidão de amor, através de encontros e propostas de uma vida voltada para as virtudes de Nossa Senhora...  Mas não tínhamos um CHÃO.
Buscávamos conciliar lugares e adaptar o nosso coração a vivências e a situações já existentes, mas nada saciava a nossa sede. Até que percebemos que Deus mesmo sendo criador, Ele permitia inaugurar uma nova obra através de nossa resposta ao Seu chamado depositando em nós o Carisma (fazer a Virgem Maria mais conhecida e amada).

Compreendemos que o nosso “sim primeiro”, fosse a permissão que Deus esperava para então ser decretada e aprovada por e pela sua Igreja a fundação de  nossa Fraternidade. Pois a partir deste sim, dado em 1º de janeiro de 2004, foi anunciada no altar uma nova experiência até então conhecida no coração do PAI: Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus

2 – Como você faz para se tornar modelo para os outros na sua vocação?
A palavra de Deus, para a nossa Fraternidade está em I Tm 4, 12-16. Entre outras diretrizes fala em ser modelo: “Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.”
A palavra “modelo” pode ser entendida como representação de uma situação ou de uma coisa original e impecável.  Assim, só seremos modelo, se buscarmos copiar a “peça matriz”. É olhando para a Virgem Maria, “peça sem mancha e molde perfeito” e buscando imitá-la, que nos tornamos “modelo Dela” para outras pessoas.
Nossa Senhora é a fonte de nossa inspiração, assim nossas ações estando conforme a vontade da Virgem Maria estará de acordo com a vontade de Deus. Em cada situação da vida, os discípulos da Mãe de Deus devem se perguntar: Como a Virgem Maria faria, ou diria, ou regeria? Quando as pessoas estiverem “copiando” esta nossa ação e porque estão vendo em nós um modelo de santidade. Nosso objetivo é fazer multiplicar as pessoas que em tudo estejam em Maria, por Maria, com Maria e para Maria.

3 – Como conciliar vocação e estado de vida nas atividades do dia-a-dia?
Entendamos que Deus é Criador e tudo o que Ele faz é perfeito, harmônico, não há contradição e nem provoca divisão, nem brigas. Existem coisas que as criaturas podem escolher, pois Deus não nos tirou a liberdade. Posso escolher usar azul ou vermelho, cabelo longo ou curto, pecar ou não.
Estado de vida - Não temos o poder de escolher o nosso sexo. Ter corpo de homem ou mulher só Deus pode determinar. Mas como homem ou mulher, também é Ele que determina os estados de vida, seja o sacerdócio, celibato ou matrimônio.
Vocação - Escolher o local onde vamos usar ou estar como caminho de santidade não está em nós. Isto é também escolha e determinação Divina. Deus dá há cada um, um carisma, um chamado e determina onde vamos professar, ou seja, responder este chamado. Ele é “inteiramente responsável” em criar situações para nos fazer “cruzar” e reconhecer o nosso chamado, a nossa comunidade. Se estamos atentos ou distraídos aos sinais de Deus, é outra coisa...
Particularmente, tenho a convicção que é possível viver os dois chamados com felicidade, sem considerar peso nem um, nem o outro. Foi Deus quem escolheu meu estado de vida no matrimônio e me mostrou que deveria abraçar o caminho da Fraternidade, enquanto vocação. Assim, Deus me dá a capacidade, de com sua graça viver os seus chamados.  Ele jamais me daria um fardo que não pudesse carregar. Ele não me apontaria uma vocação para destruir o meu matrimônio.
Cabe tanto a mim, como aos de qualquer estado de vida da Fraternidade: a clareza nos sentimentos, para discernir os momentos das “renúncias e das missões”; o diálogo que não pode faltar e o equilíbrio, que deve ser constante para saber honrar tanto o estado de vida como a vocação, como presentes de Deus.
É imprescindível saber que como matrimônio, tenho que dar uma hora para tudo. Uma hora para ser fundadora, esposa, mãe, filha e mulher, sem ao mesmo tempo, deixar de ser tudo na Virgem Maria.
Se for em Maria uma boa fundadora, os membros me ajudarão a ser mãe;  se for uma boa esposa, meu marido, “meu fundador” me ajudará a ser fundadora; se eu for uma boa mãe, minhas filhas me ajudarão a viver minha vocação. Se for uma boa filha, todos me verão como modelo. Em resumo, se todos forem preenchidos com amor, não haverá contendas entre eles.

4 – A vivência fraterna na comunidade ajuda no discernimento do estado de vida?
No meio comum das paróquias não se fala tanto na definição dos estados de vida. Se perguntarmos a algum jovem, qual o seu chamado para o estado de vida? Será grande a possibilidade dele não saber o que isto significa. É claro que ele tem uma idéia do que é ser padre ou uma pessoa casada, mas pode não compreender o que seja o celibato.  No Maximo pode dizer... : “ficou pra titia”
È natural o pensamento: Nasce, cresce, reproduz e morre.  Mas será que alguém, pode estar pensando que tanto o padre como o celibatário, não dão frutos?
As pessoas de uma comunidade vêm de lugares e culturas diferentes, cada um traz seus conceitos, preceitos e valores que aprenderam em suas vidas. Se algum tipo de comunidade estiver pensando apenas na vivência fraterna e prazerosa e não estiver voltada para os ensinamentos e verdades da Igreja, esta convivência em vez de ser ponte de salvação poderá ser meio de condenação.  As más influências dos ignorantes podem destruir um chamado de Deus.
Aí está o motivo, a importância e a permanência de tantas pessoas na Fraternidade. Elas vem em busca de formações e testemunhos, pois assim, irão clarear o entendimento do chamado de Deus sobre a forma de se portarem em Maria Santíssima em todos os momentos da vida
Se fosse solteira e tivesse a companhia de outras jovens com chamado também de matrimônio, seria interessante poder sem reservas conversar sobre namoro santo. Se tendo chamado ao celibato, o conforto de olhar para outros na comunidade e neles ver a alegria deste chamado.
Sendo matrimônio o meu estado de vida, a felicidade é grande em poder estar acompanhando fieis e anunciar a grandeza dos casais em serem companheiros e cúmplices.
Quanto é bom é a vivência fraterna em Deus.

5 – Como a vida e o testemunho de Nossa Senhora são alicerces para o seu estado de vida?
Vou falar sobre o chamado de fundação e nossa relação com a Virgem Maria e São José.
Tanto eu como César, somos em potencial, fundadores da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus. Lógico, que ele por ser homem tem suas características e funções, que lhe são inerentes. A Virgem Maria foi fecundada, Ela abrigou o menino Deus em seu ventre. Acreditou primeiro. Mas seria certo dizer que São José não é o Pai de Jesus? Ele também não o abrigou em seu coração e no tempo acreditou no projeto?
Pois bem, eu fui participar de um momento de oração na Comunidade Maria Auxiliadora, e num repouso no Espírito eu fui fecundada com o carisma de fundação. César até então não compreendia este chamado, mas como a Virgem Maria, eu esperava em Deus, que ele também sentisse o chamado, pois somos uma só carne.
E como São José, César também com o tempo, compreendeu que o que estava acontecendo conosco era vontade de Deus. Passado alguns meses, numa celebração de inauguração da gráfica, César que estava fazendo a oração da assembléia, citou a intenção pela Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus. Ou seja, como São José foi ele a dar o nome a recém criança.
Percebemos que entre São José e a Santíssima Virgem não há competições, mas que buscavam, um complementar o outro. É isto que nos esforçamos para estabelecer em nosso matrimônio. Eu tenho o papel de ajudá-lo a copiar as virtudes de São José, mas ele também deve me levar a imitar a Virgem Maria.

6 - Que conselhos você daria para as pessoas que tem dificuldade para viver sua vocação ou ainda não definiram seu estado de vida?
Se uma pessoa diz ter a vocação Discípulos da Mãe de Deus e tem duvida de seu estado de vida, será um processo bem mais fácil de discernimento do que uma pessoa que diz ter duvida na vocação Discípulos da Mãe de Deus e tem certeza de seu estado de vida. A Fraternidade terá autoridade naquelas pessoas que Deus derramar o carisma. Ou seja, quem não for Discípulo, terá dificuldade em compreender as diretrizes da Fraternidade.
Nenhum individuo chega com total certeza de sua vocação e estado de vida. Estes vão se confirmando com o tempo. Assim, minha sugestão é docilidade ao Espírito Santo e não espere que seja o fundador a determinar o chamado de Deus. A comunidade apenas coloca caminhos a serem seguidos mediante resposta do fiel a vontade do Altíssimo.





César Mariano e Mara Maria
Fundadores da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus